segunda-feira, 28 de abril de 2008

Preço do barril nos 101,2 dólares em 2008

O relatório divulgado, hoje (28 de Abril de 2008), pela Comissão Europeia (CE) admite que o preço médio do barril de petróleo para 2008 vai ser de 101,2 dólares, pela primeira vez colocando-se a média acima dos 100 dólares.
Que Futuro nos reserva a actual tendência do Preço do Petróleo? Em seis anos, o preço médio do crude mais do que triplicou, ora devido à fraqueza do dólar contra o euro, ora por causa da especulação, ora em função de anúncios de limites de produção atingidos em alguns dos países exportadores de petróleo.
Hoje, explícitamente ao reconhecer-se que se atingiu o pico petrolífero, pensa-se logo que a era do petróleo fácil acabou, para além de envolver cada vez mais custos e complexidade de estudos.
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), um aumento de dez dólares no preço do barril de petróleo conduz a uma redução de 0,3% de potencial de crescimento económico nas economias dos países que são importadores líquidos de petróleo.
A magnitude do efeito macro-económicos associado a estes aumentos do preço do petróleo está dependente do período de duração desta tendência de subida do preço e do cenário que se apresentar aos agentes económicos dada a interligação dos mercados globais, que pode resultar numa Grande Depressão, em que a economia mundial decrescerá e se assistirá a altas taxas de inflação, altas taxas de juro, desemprego e com algumas instituições a resistir e outras não. A severidade e a duração desta possível Grande Depressão, incerta, está dependente das medidas a serem tomadas e de outras variáveis. Os consumidores não estão mentalmente preparados para este choque, em que a divisão entre ricos e pobres aumentará ainda mais. A classe média continuará a ser esmagada, com o crescimento dos salários a não acompanhar a inflação e consequentemente a manter-se a tendência de perda de poder de compra que se tem vindo a verificar nos últimos anos.

sábado, 12 de abril de 2008

Peso das receitas fiscais

Segundo o Relatório da Competitividade 2007 (Carta Magna da Competitividade), na UE 27, o peso das receitas fiscais (incluindo contribuições para a Segurança Social) no PIB, em 2005, situou-se em 40.8% (+ 0.4 p.p. do que em 2004). Entre os Estados-membro da UE existem grandes diferenças, com este indicador a variar entre valores extremos de 52.1% na Suécia, 51.2% na Dinamarca e 29.2% na Lituânia e 28.8% na Roménia. Em Portugal, o peso das receitas fiscais no PIB foi de 36.3% em 2005 (+0.9 p.p. do que em 2004). Em termos comparativos, o peso das receitas fiscais em Portugal situa-se próximo da mediana na UE 27 (37.7% em Malta), registando um valor semelhante aos da Espanha, Grécia, República Checa e Chipre. A tendência para a redução das taxas nominais de imposto sobre o rendimento das empresas, manteve-se em 2007, destacando-se a Bulgária (-5.0 p.p.), Países Baixos (-4.1 p.p.), Grécia (-4.0 p.p.), Espanha (-2.5 p.p.), Eslovénia (-2.0 p.p.), Estónia (-1.0 p.p.), e Lituânia (-1.0 p.p.). Houve significativa redução de taxas, no últimos três anos na Grécia (-10.0 p.p.), Bulgária (-10.0 p.p.), e nos Países Baixos (-9.0 p.p.). Portugal manteve em 2007 a sua taxa nominal de IRC registando-se no entanto uma alteração na taxa da derrama. Em termos comparativos, com as alterações para 2007, a posição relativa de Portugal piorou, situando-se numa posição mediana, quer na Área Euro quer na UE 27. Na consideração da comparação da tributação do rendimento das empresas nos diversos países que, embora as taxas nominais sejam um factor importante, há outros aspectos a considerar como sejam, por exemplo, a definição da matéria colectável ou a existência de determinados incentivos fiscais. Por outro lado, existem em vários países taxas mais baixas para determinadas situações específicas. Relativamente ao peso dos impostos sobre o rendimento das empresas em relação ao PIB e às receitas fiscais totais, Portugal situa-se numa posição intermédia no conjunto dos países considerados para efeitos de comparação.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Novos máximos do petróleo

Os preços do petróleo voltaram ontem a atingir novos máximos históricos em Nova Iorque e Londres, na sequência do anúncio da queda inesperada das reservas de crude nos Estados Unidos na semana passada, tendo atingido no NYMEX (EUA) os 112,21 dólares. O barril de Brent (petróleo de referência na Europa) para entrega em Maio, transaccionado no ICE de Londres, chegou a ser negociado no valor mais elevado de sempre nos 109,50 dólares.