terça-feira, 20 de maio de 2008

Crise mundial

A economia mundial está a enfrentar uma situação conjuntural, com término não previsto, ao nível do aperto das condições de crédito, crise petrolífera e escalada do preço dos alimentos.

Como consequência um modesto crescimento previsto para a economia mundial para 2008 e 2009, abaixo do esperado.

A inflação e o desemprego tendem a subir, corrigindo negativamente as condições de vida dos indivíduos, não previstas pelas políticas governamentais. A situação, tal como qualquer medida, é preocupante e polémica com impactos sobre o poder de compra das famílias e sobre a vida das empresas.

A revalorização do euro em relação ao dólar inquieta o sector produtivo, gerando um impasse, só solucionável se enfrentarmos com confiança, determinação e acima de tudo com informação. Os preços do petróleo têm vindo a acompanhar a subida do euro em relação ao dólar e os produtores não querem perder poder aquisitivo face ao euro e não apenas face ao dólar. Estabilizando-se a paridade euro/dólar introduz-se alguma racionalidade no mercado de câmbios com impactos directos na estabilização do preço do petróleo, valor-refúgio actual.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Preço do barril nos 101,2 dólares em 2008

O relatório divulgado, hoje (28 de Abril de 2008), pela Comissão Europeia (CE) admite que o preço médio do barril de petróleo para 2008 vai ser de 101,2 dólares, pela primeira vez colocando-se a média acima dos 100 dólares.
Que Futuro nos reserva a actual tendência do Preço do Petróleo? Em seis anos, o preço médio do crude mais do que triplicou, ora devido à fraqueza do dólar contra o euro, ora por causa da especulação, ora em função de anúncios de limites de produção atingidos em alguns dos países exportadores de petróleo.
Hoje, explícitamente ao reconhecer-se que se atingiu o pico petrolífero, pensa-se logo que a era do petróleo fácil acabou, para além de envolver cada vez mais custos e complexidade de estudos.
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), um aumento de dez dólares no preço do barril de petróleo conduz a uma redução de 0,3% de potencial de crescimento económico nas economias dos países que são importadores líquidos de petróleo.
A magnitude do efeito macro-económicos associado a estes aumentos do preço do petróleo está dependente do período de duração desta tendência de subida do preço e do cenário que se apresentar aos agentes económicos dada a interligação dos mercados globais, que pode resultar numa Grande Depressão, em que a economia mundial decrescerá e se assistirá a altas taxas de inflação, altas taxas de juro, desemprego e com algumas instituições a resistir e outras não. A severidade e a duração desta possível Grande Depressão, incerta, está dependente das medidas a serem tomadas e de outras variáveis. Os consumidores não estão mentalmente preparados para este choque, em que a divisão entre ricos e pobres aumentará ainda mais. A classe média continuará a ser esmagada, com o crescimento dos salários a não acompanhar a inflação e consequentemente a manter-se a tendência de perda de poder de compra que se tem vindo a verificar nos últimos anos.

sábado, 12 de abril de 2008

Peso das receitas fiscais

Segundo o Relatório da Competitividade 2007 (Carta Magna da Competitividade), na UE 27, o peso das receitas fiscais (incluindo contribuições para a Segurança Social) no PIB, em 2005, situou-se em 40.8% (+ 0.4 p.p. do que em 2004). Entre os Estados-membro da UE existem grandes diferenças, com este indicador a variar entre valores extremos de 52.1% na Suécia, 51.2% na Dinamarca e 29.2% na Lituânia e 28.8% na Roménia. Em Portugal, o peso das receitas fiscais no PIB foi de 36.3% em 2005 (+0.9 p.p. do que em 2004). Em termos comparativos, o peso das receitas fiscais em Portugal situa-se próximo da mediana na UE 27 (37.7% em Malta), registando um valor semelhante aos da Espanha, Grécia, República Checa e Chipre. A tendência para a redução das taxas nominais de imposto sobre o rendimento das empresas, manteve-se em 2007, destacando-se a Bulgária (-5.0 p.p.), Países Baixos (-4.1 p.p.), Grécia (-4.0 p.p.), Espanha (-2.5 p.p.), Eslovénia (-2.0 p.p.), Estónia (-1.0 p.p.), e Lituânia (-1.0 p.p.). Houve significativa redução de taxas, no últimos três anos na Grécia (-10.0 p.p.), Bulgária (-10.0 p.p.), e nos Países Baixos (-9.0 p.p.). Portugal manteve em 2007 a sua taxa nominal de IRC registando-se no entanto uma alteração na taxa da derrama. Em termos comparativos, com as alterações para 2007, a posição relativa de Portugal piorou, situando-se numa posição mediana, quer na Área Euro quer na UE 27. Na consideração da comparação da tributação do rendimento das empresas nos diversos países que, embora as taxas nominais sejam um factor importante, há outros aspectos a considerar como sejam, por exemplo, a definição da matéria colectável ou a existência de determinados incentivos fiscais. Por outro lado, existem em vários países taxas mais baixas para determinadas situações específicas. Relativamente ao peso dos impostos sobre o rendimento das empresas em relação ao PIB e às receitas fiscais totais, Portugal situa-se numa posição intermédia no conjunto dos países considerados para efeitos de comparação.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Novos máximos do petróleo

Os preços do petróleo voltaram ontem a atingir novos máximos históricos em Nova Iorque e Londres, na sequência do anúncio da queda inesperada das reservas de crude nos Estados Unidos na semana passada, tendo atingido no NYMEX (EUA) os 112,21 dólares. O barril de Brent (petróleo de referência na Europa) para entrega em Maio, transaccionado no ICE de Londres, chegou a ser negociado no valor mais elevado de sempre nos 109,50 dólares.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Nova geração de notas de euro

A nova geração de notas de euro, a ser introduzida no mercado no início da próxima década, vai ter segurança redobrada, segundo o Banco Central Europeu (BCE) que iniciou trabalhos preparatórios para a produção da próxima série de notas tendo em conta tecnologias de ponta, para evitar a contrafacção que está cada vez mais avançada. As novas notas terão um desenho igualmente inspirado no tema «Épocas e Estilos na Europa», como a série actual, de forma a garantir a continuidade. A substituição do novo dinheiro será efectuada de forma gradual, demorará vários anos desde o seu lançamento para que se substitua a totalidade da série actualmente em circulação.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Petróleo nos 110 dólares

O petróleo bate recordes consecutivos. O West Texas Intermediate (WTI) [Cot], negociado nos EUA, seguia nos 110,34 dólares enquanto o barril de "brent" [Cot] negociado em Londres seguia nos 106,80 dólares. A valorização do petróleo é justificada pela queda do dólar frente às restantes divisas mundiais, nomeadamente, o iene e o euro. A moeda europeia atingiu, já hoje, um novo valor máximo histórico, 1,5623 dólares e com o mercado a acreditar em novos cortes de juros nos EUA. Com esta desvalorização da moeda norte-americana os investidores optam pelas "commodities", nomeadamente o petróleo, protegendo-se da inflação e da turbulência do mercado de capitais.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Subida do preço do trigo

O preço do trigo continua a subir, e atinge novos recordes. Nos últimos dias atingiu os 12 dólares por alqueire, que se explica pela retracção na oferta e baixas reservas. Em Portugal, a indústria de panificação diz "não aguentar sem aumentar o preço do pão, na ordem dos 50%, para poder sobreviver". Esta última subida é impulsionada pelo anúncio do Cazaquistão, um importante fornecedor a nível mundial, de que iria impor tarifas de exportação aos seus cereais, como forma de controlar a inflação interna (já tinha sido também posta na Rússia e na Argentina). A reduzida oferta surge numa altura em que se sabe que as reservas de trigo a nível mundial estão no nível mais baixo, depois de um ano de péssimas colheitas em países exportadores. Números avançados na semana passada, em Lisboa, por Abdolreza Abbassian, da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), "os stocks de trigo em 2008 estão a caminhar para um mínimo de 30 anos e, no caso dos EUA, vai ser atingido o nível mais baixo dos últimos 60 anos. A tudo isto se alia uma grande pressão nas bolsas para se comprar trigo, pois o mercado espera que os preços se mantenham altos". A tonelada de farinha que ascendia os 350 euros, em 2006, ronda agora os 450 e receia-se que chegue nos próximos meses aos 500.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Preços do crude caem com à produção do Mar do Norte

Os preços do petróleo têm estado a cair nos mercados internacionais, por força do anúncio da empresa norueguesa StatoilHydro que o seu campo de 'Asgard' no Mar do Norte voltou a produzir petróleo, depois da produção ter sido cortada no passado dia 23. NO ICE de Londres, às 8h46, o barril de Brent (petróleo de referência na Europa) para entrega em Abril, encontrava-se a descer 33 cêntimos para os 97,36 dólares, enquanto que à mesma hora o contrato de Março do West Texas Intermediate (petróleo de referência nos Estados Unidos) era negociado no NYMEX de Nova Iorque, e encontrava-se a descer também em 33 cêntimos para os 98,92 dólares por barril. O campo de Asgard, situado a 200 quilómetros da costa norueguesa, produz, para além de 32 milhões de metros cúbicos de gás por dia, também 55 350 barris de condensado, um petróleo ligeiro que é produzido em associação com o gás natural.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Petróleo acima dos 100 dólares

Desde o dia de ontem que recordes do preço do petróleo têm sido sucessivos. Esta manhã, o crude passou momentaneamente por um novo valor histórico nos EUA, 101,32 dólares por barril, devido aos persistentes receios de abastecimento. Esta nova escalada de preços vem em reacção às declarações do presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Chabib Khelil, que ontem descartou que o cartel proceda a um aumento da produção. A OPEP vai reunir-se no próximo dia 5 de Março em Viena e alguns dos seus membros, entre os quais o irão, estão a sugerir até um corte na produção.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Petróleo acima dos 80 dólares

É dito que a OPEP pode decidir, na reunião de 5 de Março, pelo corte da produção de petróleo para manter os preços acima dos 80 dólares o barril. Entretanto, afirma-se que o barril a 70 dólares é inaceitável para a maioria dos membros. Se os preços se mantiverem acima dos 85 dólares o barril, a OPEP, em princípio, não alterará os níveis de produção. A combinação entre a descida do preço do petróleo e a queda da cotação do dólar, coloca a OPEP sob pressão para reduzir os níveis de abastecimento, à medida em que o abrandamento económico nos Estados Unidos e na Europa ameaçam a procura de energia. Em 2001, ano da última recessão nos Estados Unidos, os preços do petróleo baixaram 30% e a OPEP cortou as quotas de produção 3 vezes. Os preços do petróleo subiram o ano passado 49%, tendo atingido o recorde de 100,09 dólares o barril a 3 de Janeiro de 2008.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

EUA revêem crescimento do PIB em baixa

A Casa Branca anunciou uma revisão em baixa para o crescimento daquela que é a maior economia do mundo, quer para este ano quer para o próximo. Assim, em vez dos anteriores 3,1% previstos para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, acredita-se agora que a economia dos Estados Unidos da América (EUA) avançará apenas 2,7% no final deste ano. Para o próximo ano, a Casa Branca espera que a sua economia cresça 3%, face aos 3,1% divulgados no passado Verão.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Tensão nas bolsas

Depois de uma semana quente, forte queda nas bolsas, ontem Ben Bernanke "salvou o dia" com um corte surpresa nos juros, em 75 pontos base para 3,50%, de modo a contrariar os efeitos negativos da crise, mas hoje Jean-Claude Trichet (presidente do BCE) inverteu o sentimento optimista que se registava no início da sessão, ao afastar um cenário de redução nos juros da Zona Euro e afirmando que o mais importante era o combate à inflação, contrariando as expectativas dos investidores de que a autoridade monetária iria reduzir o preço do dinheiro, o que está então a pressionar as praças europeias, que continuam com uma elevada volatilidade.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Primeiros dias de 2008

As principais bolsas começaram o 2008 com volatilidade e a cair. O Ouro ultrapassou os $850 que era o máximo histórico anterior. O Petróleo atingiu os $100 por barril e caiu. O Dólar Americano recuperou ligeiramente o seu valor face ao Euro e as matérias primas agrícolas, energia e metais apresentam potencial de um bom retorno em 2008.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Petróleo nos 100 dolares

Um dia depois de ter atingido a barreira dos 100 dólares por barril, o West Texas Intermediate [Cot], negociado nos Estados Unidos, recuava 0,22% para os 99,40 dólares e o barril de "brent" [Cot], negociado em Londres, perdia 0,16% para os 97,68 dólares. A violência na Nigéria, maior produtor de petróleo africano, parece ser a causa da afectação dos fornecimentos de matéria-prima. Desde o inicio de 2006 a produção de petróleo neste país foi reduzida em cerca de 20%. A impulsionar o preço do petróleo estão ainda as previsões que apontam para uma nova queda das reservas nos Estados Unidos, pela sétima semana consecutiva. De acordo com os analistas, os "stocks" de crude deverão ter caído em mais de 2 milhões de barris na semana terminada a 28 de Dezembro.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

2008 CEO-Economista

Ano novo. Apesar da crise no sector imobiliário dos Estados Unidos e das turbulências nos mercados financeiros mundiais, a previsão de crescimento da economia mundial é de aproximadamente 4,2% em 2008, compensados pelos estabilizadores construídos na economia e mercados financeiros integrados internacionalmente face aos efeitos negativos do choque da alta dos preços do petróleo.